sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Entrevista: Soninha, candidata à Prefeitura de SP pelo PPS

Sem rodeios, direta. Para um político tradicional, isso atrapalharia a carreira. Mas para a vereadora de São Paulo e apresentadora de TV Soninha Francine, que acaba de se filiar ao PPS, essas características fazem a diferença. Dão a ela um ar despojado, uma abertura maior no contato com o cidadão, coisa rara no atual cenário político.

Soninha também não demonstra apego ao poder, principal ponto de partida para a degradação de costumes e ideais. Aceitou disputar a prefeitura de São Paulo pelo PPS, mesmo acreditando estar entrando na disputa com poucas chances. E por que? Porque quer ser útil, responde.

Num país onde apenas 11% da população acredita nos políticos, a simplicidade de ser "útil" é uma grande vantagem. Afinal, o vereador, o prefeito, o deputado, o governador, o senador, o presidente, todos eles, são servidores públicos, fato na maioria das vezes esquecido, eleição após eleição.

Soninha não é daqueles que cansou, muito menos do time dos que "sempre foi assim". Ela acredita na capacidade de mudança por meio da política, no fazer a diferença. Preza a independência e, o mais importante, tem tesão no que faz. "É preciso dar motivo às pessoas voltarem a acreditar na política", diz.

Nesta entrevista ao Portal do PPS ela fala sobre os motivos do ingresso no partido, de sua candidatura a prefeita, de seus projetos para São Paulo, da saída do PT, da relação com o governador José Serra e, principalmente, de sua visão do que é a atuação política. E, nesse ponto, direta e simples, resume o que parece impossível de se colocar na cabeça de muitos dos figurões da política brasileira. Ao ser questionada sobre a fidelidade partidária, responde na bucha: "Acho que os partidos precisam ser fiéis a si mesmos, para começar".

Conversar com Soninha é diferente de uma entrevista normal com um político. É como assistir o atacante Kerlon do Cruzeiro fazendo embaixadinha de cabeça, na frente do zagueiro, sem medo de levar porrada. Uma demonstração de que "foca", mesmo na disputa política, sabe driblar.

Portal – O que pesou na escolha do PPS como partido a ingressar depois de uma longa temporada no PT?
Soninha – Desde a primeira abordagem eles (dirigentes do partido) fizeram uma proposta muito sedutora pra mim que é a garantia de independência. A frase que eu ouvi era, literalmente, venha ser independente com a gente porque a maior dificuldade em qualquer lugar em que eu estiver é de ser obrigada a defender o que eu não acredito, entendeu? Ou de ser obrigada a me opor ao que eu concordo. Eu vejo que, muitas vezes, num partido é isso que esperam de você: que você deixe uma parte de suas convicções na chapelaria, na entrada e ai, em nome de um projeto maior para daqui a dois anos, você vota contra uma proposta que, em princípio, você seria favorável, sabe? Então, me conhecendo muito bem, porque acompanharam esse meu tempo aqui de mandato na Câmara, disseram que o que em outros lugares seria problema, no PPS, seria muito bem vindo porque a idéia é debater, a idéia é ter posições claras, forte. É de problemas como você que a gente precisa. Achei muito legal.

Portal - Que problemas?
Soninha - Da parte do próprio presidente do partido, numa coisa já mais específica, dizendo o quanto ele acha que algumas posições que defendo são muita caras ao partido, muito importante, uma discussão mais progressista de alguns temas polêmicos como drogas e aborto. Ele disse que ninguém no partido é obrigado a concordar com isso, ou seja, provando aquilo que me prometeram: que as pessoas têm o direito de ter idéias diferentes. Mas que a posição do partido é a favor da descriminalização do aborto, por exemplo. Então, sabendo que eu não fujo de temas controvertidos porque isso pode pegar mal pra mim ou coisa parecida, que é uma qualidade que eles desejavam ter com eles. Muito legal. A conversa nem começaria, caso não tivesse socialista no nome. Claro que eu só cogitaria entrar num partido que fosse de esquerda, para começar. Ai, finalmente, o que foi decidido foi a proposta de disputar a prefeitura de São Paulo e poder colocar nossos temas, fazendo nosso debate, com uma outra linguagem, com outro formato, diferente das outras campanhas.

Portal - Você vem afirmando que entra com poucas chances na disputa pela prefeitura paulistana. Para quê disputar?
Soninha - Na verdade, ver pouca chance é só uma análise realista. Não é um desejo. É claro que eu vou disputar como se eu pudesse ser a prefeita. E se eu ganhar a eleição? Ótimo! Não é como em algumas eleições que as pessoas entram para marcar posições, apenas para fazer o nome, pensando numa outra disputa daqui a dois anos. Entro para disputar e a disputa tem um grande valor em si. É diferente de você ter obsessão para vitória. É claro que disputo uma eleição querendo ganhar, não tenha dúvida. Mas a obsessão pela vitória leva a uma porção de escolhas erradas já na campanha eleitoral porque você já fica pensando que para viabilizar seu nome você precisa dessa aliança, desse reduto, precisa desse campo. Então, você vai agregando várias coisas a sua campanha só para ganhar e você vai diluindo sua proposta, você vai perdendo identidade. Vai deixando as coisas meio confusas. Essa é que é a diferença. Eu já me vejo com um puta tesão assim nos próximos meses, discutindo programa de governo.

Portal – A decisão em disputar um mandato no executivo tem alguma relação com fato de não você não ter conseguido implementar várias de suas idéias no legislativo?
Soninha – Mais ou menos. Algumas coisas eu não conseguiria fazer no legislativo porque não são da nossa alçada. Não é uma frustração pessoal. São atribuições diferentes. Eu amei esse tempo que eu tive e que eu ainda tenho aqui como parlamentar, com tudo que teve de sacrificante e frustrante. É sensacional essa experiência de ser parlamentar na Câmara Municipal de São Paulo, apesar de tudo o que me queixei e ainda vou me queixar até o fim do mandato. A frustração é inevitável e, às vezes, é surpreedente. Mas é diferente. O executivo tem um raio de ação maior, mais direto, mais palpável. Muita coisa que a gente consegue aprovar no Legislativo, através de projeto de lei ou de inclusão no orçamento, quem vai agir de fato é a outra esfera. Não é que eu esteja procurando um consolo para uma frustração pessoal. É só vontade de ser útil de uma outra forma e em um outro lugar.

Portal – Levantamento realizado pela Associação dos Magistrados do Brasil aponta que apenas 11% das pessoas acreditam nos políticos. Como fazer para mudar esse quadro?
Soninha – Tem dois problemas sérios ou três, talvez. Vou fazendo a lista, pode ser que aumente o número. O primeiro é que, ao logo dos anos, a política deu muitos motivos para as pessoas desacreditarem nela. Ou por causa de casos de crime, de desvios, de corrupção ou por causa da incoerência, que também tem um grau de desonestidade porque quando você muda de opinião, conforme a posição que você está: governo ou oposição, sabe? As pessoas continuam tendo mil razões para desacreditar na política. Mas não é só isso. Também tem o fato de que só lhes é dado conhecer o lado ruim da política. A pessoas acompanham a política basicamente pela mídia, pela televisão, pelos jornais. E dentro da lógica supercontestada, mas, superconsagrada de que notícia ruim é que é notícia, tudo que as pessoas sabem da política é a parte ruim. Então, fica difícil mesmo elas acreditarem. A gente tem um desafio muito grande. Primeiro, é traduzir política para as pessoas. Num caso de desvio ou de corrupção é muito fácil entender. E ninguém sabe como funcionam as coisas. Você deve explicar o que é e como funciona (a política) para que as pessoas tenham mais instrumentos para avaliar o que é um político bom ou um político ruim.

Portal – Como pré-candidata pelo PPS à prefeitura de São Paulo você pode adiantar qual será a principal bandeira de sua campanha?
Soninha – Eu tenho formação no Magistério. Então quando se faz um plano de curso, por exemplo, começa lá pelos objetivos gerais, os específicos e depois detalha o conteúdo das matérias. No objetivo geral tem tudo a ver com a pergunta anterior que é dar motivo às pessoas voltarem a acreditar na política, na importância dela e acreditar que podem ser bem representadas. É fundamental demonstrar que não se tem um ou, no máximo, dois jeitos de fazer as coisas, de ser político, de defender bandeira, de construir plataforma. É um objetivo que eu acho nada desprezível. Num objetivo mais específico, pensando na cidade de São Paulo, existem vários modelos que a gente precisa rediscutir. Mas têm dois eixos principais, que é o eixo da mobilidade, ou seja, a maneira como as pessoas se deslocam nesse monstro de cidade, da saúde das pessoas, expectativa de vida porque o que você lança no ar de partículas reduz a expectativa de vida da população numa média de três anos. É assombroso, é intolerável. A qualidade de vida das pessoas é muito ruim quando se passam seis horas dentro de um ônibus, todos os dias! Esse eixo da mobilidade é determinante. O outro eixo é o da ocupação da cidade. Você tem o centro com toda a infra-estrutura, teatro, praça, escola, transporte coletivo abundante e onde, cada vez, menos gente mora. Ao mesmo tempo na periferia onde muita gente mora e onde não tem hospital, não tem parque. Você tem que promover a reocupação do centro da cidade e ao, mesmo tempo, gerar o desenvolvimento nesses outros lugares. Numa frase curta é morar perto do trabalho e trabalhar perto de casa. Isso faz uma diferença brutal na vida de milhões de pessoas.

Portal – Você guarda alguma mágoa do PT ou do presidente Lula?
Soninha – Mágoa, não! Jamais usaria a palavra mágoa. Aliás, acho que é um problema sério as pessoas tornarem as coisas pessoais, sentimentais, sabe? Não é que não tenha paixão no que a gente faz. Tive milhões de divergências no PT, alguns quebra-paus mais sérios, às vezes, decepções e incoerências, mas sem mágoas, sem carregar ressentimento. Não vou virar a inimiga número um do PT. Só que vou dar minha batalha num lugar legal.

Portal – É verdade que o bom trânsito junto ao governo estadual tem causado alguma espécie de ciumeira nos tucanos locais?
Soninha – Duas coisas: eu tenho um bom relaciomento pessoal com o (governador José) Serra, por amizade, de palmeirense e completamente à margem da política. E também tenho um bom trânsito com ele na política, o que não quer dizer que não tenhamos nossos embates, nossas divergências e quebra-paus. Quando ele era prefeito, consegui persuadí-lo de vários coisas e tenho isso como uma super-vitória. E não persuadí-lo porque ele é meu amigo, mas porque o convenci da importância de algumas coisas que ele manteve da gestão anterior. E em outras coisas a gente continua absolutamente divergentes. Ele vetou vários projetos de lei de minha autoria. Quanto à ciumeira, tudo é possível, mas não faço idéia. Eu acho até estranho que haja algum ciúme por conta da candidatura porque o que muda para eles nesse primeiro momento?

Portal – Já passou pela cabeça algum dia disputar a presidência da República?
Soninha - Não, de verdade não! Acho que toda criança que já se importou com o mundo, lá pela terceira ou quarta série pensou: se eu fosse presidente da República eu faria isso e aquilo. Mas não consigo imaginar construir um longo caminho para chegar lá. Não é um projeto.

Portal – Vou propor um bate-bola mais rápido. Coloco algumas temas e você me responde mais resumidamente, ok?
Soninha – tá!

Portal - Aborto.
Soninha – Não sou a favor da prática, mas a favor da descriminalização.

Portal – Fidelidade partidária.
Soninha – Acho que os partidos precisam ser fiéis a si mesmo, para começar. O troca-troca utilitarista é imperdóavel, mas algumas trocas são facilmente compreendidas.

Portal – Futuro do jovem.
Soninha – (Risos) É difícil dar uma resposta curta (uma pausa)

Portal – Então pode se estender...
Soninha - Os jovens costumam levar a fama injusta de serem os menos interessados em política. Geralmente comparam os de hoje com os do anos 60 para concluir que aqueles eram engajados e os de hoje são alienados. Acho injusto. Os jovens são os mais interessados, os que mais se perguntam o que eu posso fazer e como. E nos oferecem a idéia de outras forma de organização e de militância. O futuro do jovem é construir cada vez mais outras forma de engajamento e de militância.

(* Por William Passos, do Portal do PPS na Internet)

O PPS e a estratégia eleitoral para o Estado de São Paulo


O PPS-SP já se organiza para as eleições de 2008, revitalizando diretórios municipais e promovendo a filiação ao partido de lideranças expressivas, como é o caso de Mauro Menuchi, pré-candidato à Prefeitura de Jundiaí, na foto entre os deputados David Zaia, Vitor Sapienza, Alex Manente, Roberto Morais e Luis Carlos Gondim.

A lei eleitoral determina que a filiação partidária dos candidatos às eleições municipais de 2008 (para vereadores e prefeitos) esteja regularizada até um ano antes do pleito (prazo que em 2007 se encerrou em 5 de outubro).


Outro recém-filiado ao PPS é o presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Pires, vereador Edinaldo de Menezes, o Dedé, que anunciou a intenção de concorrer à Prefeitura do município.

Ele fez o anúncio após ser recebido pelos deputados que compõem a bancada do PPS na Assembléia Legislativa (Dedé é o terceiro da foto, entre David Zaia, presidente estadual do PPS; Roberto Morais, líder do partido na Assembléia; Alex Manente, coordenador regional do PPS no Grande ABC; Vitor Sapienza e Luís Carlos Gondim).

Além de Mauro Menuchi em Jundiaí e Dedé em Ribeirão Pires, o PPS tem outras lideranças representativas, como Wagner Rubinelli (Mauá), Lair da Apae (também em Ribeirão Pires) e Edna Flor (Araçatuba), sem contar os municípios já administrados pelo PPS, onde os prefeitos podem se reeleger (por exemplo, Juan Pons Garcia, em São Sebastião, e João Ribeiro, em Pindamonhangaba) ou fazer seu sucessor (como Edinho Araújo, reeleito prefeito de Rio Preto em 2004).

Ação estratégica em 47 cidades


A principal estratégia do PPS para as eleições municipais de 2008 é centrar esforços em municípios com mais de 100 mil eleitores. No estado são 47 cidades nesse situação, que representam 66% do eleitorado.

O Diretório Estadual nomeou Edvaldo Hungaro, membro da Executiva e vereador de Itatiba, como coordenador regional eleitoral para definir, em parceria com a coordenação eleitoral nacional, as estratégias que serão adotadas nesses municípios.

No dia 7 de julho houve a primeira reunião entre os dirigentes do partido nas 47 maiores cidades paulistas com o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, o coordenador eleitoral nacional da legenda, Paulo Elisiário, o deputado estadual David Zaia, presidente do PPS do Estado de São Paulo, e o deputado federal Arnaldo Jardim, vice-líder da bancada do PPS na Câmara.

Todo esse trabalho faz parte do projeto "Pé na Estrada", que visa itensificar as ações do partido nos 164 municípios brasileiros com mais de 100 mil eleitores, que representam 46% de eleitorado do país. O projeto está inserido no Planejamento Estratégico da legenda para 2007 e 2008 e busca o crescimento do partido nas próximas eleições municipais.

Segundo o secretário-geral do PPS, Rubens Bueno, as cidades de grande eleitorado terão atenção especial da direção nacional do PPS, com visitas do presidente Roberto Freire.

"Nossa idéia é, de forma antecipada, preparar a atuação do partido nessas cidades, explicando aos dirigentes do PPS nosso planejamento estratégico, suas tarefas e responsabilidades. Tudo visando a filiação de novas lideranças e formação de chapas fortes de vereadores e candidatos próprios a prefeito para a eleição municipal de 2008", explica Bueno.

O Projeto "Pé na Estrada" tem em cada estado uma Coordenação Eleitoral, que fará todo acompanhamento, colhendo informações periódicas sobre os municípios com mais de 100 mil eleitores onde o partido disputará as eleições. Ela atua de forma integrada com a Coordenação Nacional. Já os municípios com menos de 100 mil habitantes terão suas ações acompanhadas pelas direções estaduais e municipais do partido.

Faltando mais de um ano para o início da campanha eleitoral de 2008, o PPS/SP já tem cerca de 40 pré-candidatos a prefeito no interior de São Paulo, segundo informa o coordenador eleitoral, Edvaldo Hungaro. Confira:

Aguaí - Gutemberg Adrian de Oliveira (atual vereador)

Amparo - Mario Ancona (vereador, atual presidente da Câmara)

Andradina - Ernesto Silva (prefeito, disputa a reeleição)

Araçatuba - Edna Flor (ex-vereadora)

Arujá - João do Gás

Barra Bonita - Nenê (ex-prefeito)

Barretos - Emanuel Carvalho (reeleição)

Bertioga - Dr. Alexandre (médico da cidade)

Caconde - Zé Bento (presidente da Câmara)

Catiguá - Vera Lúcia Azevedo Valejo (reeleição)

Cordeirópolis - Carlos César Féio (reeleição)

Cubatão - Adalberto (ambientalista)

Hortolândia - Jair Padovan (ex-prefeito)

Iacri - Claudio Andreazza (ex-prefeito)

Ilhabela - Toninho Colucci (ex-secretário de Saúde)

Indiana - Antonio Poletto (ex-prefeito)

Iracemápolis - Pelé (ex-vereador)

Itanhaém - Josiane Caetano (ex-vereadora)

Itapuí - Gilberto Pancho (reeleição)

Itatiba - Marina Bredariol (ex-vereadora)

Jaboticabal - José Carlos Hori (reeleição)

Jaguariúna - Gustavo Reis (ex-vereador)

Jaú - Paulo Sérgio

José Bonifácio - Isabel (presidente da Câmara)

Jundiaí - Mauro Menucchi (ex-deputado)

Marinópois - Valter (reeleição)

Mauá - Rubinelli (ex-deputado)

Mineiros do Tietê - João Sanchez

Mongaguá - Zé Pedro (vereador)

Paulo de Faria - Andrey (ex-vereador)

Pindamonhangaba - João Ribeiro (reeleição)

Presidente Epitácio - Vitalino (vereador)

Presidente Prudente - Virgilio Tiezzi (ex-prefeito)

Ribeirão Preto - José Aparecido Da Silva (prefeito do Campus da USP no município)

Rosana - Demi da Gleba (presidente da Câmara)

Santo André - Fernando Gomes (empresário e ex-vereador)

São Bernardo - Otávio Manente (ex-secretário de Obras)

São Sebastião - Juan Pons Garcia (reeleição)

Sumaré - Dirceu Dalben (ex-prefeito)

Taciba - Dito (vice-prefeito)

Ubarana - Lapinha

Várzea Paulista - Júnior Aprilante (vice-prefeito)

Votorantim - Erick (ex-vereador)

PPS já se mobiliza para as eleições de 2008 em São Paulo


Ninguém mais duvida que a sucessão do presidente Lula, em 2010, será iniciada já nas eleições de 2008. Na cidade de São Paulo, sobretudo com a disputa interna do PSDB entre os grupos de Geraldo Alckmin (mesmo sem confirmar que é pré-candidato já dispara como favorito à Prefeitura) e José Serra (que estimula a reeleição de seu ex-vice e sucessor, Gilberto Kassab), o PPS será forçado a tomar uma posição clara.


Recapitulando: o PPS aliou-se ao PSDB e ao DEM (então PFL) para eleger Serra prefeito de São Paulo em 2004 (derrotando a petista Marta Suplicy) e governador do Estado em 2006 (sucedendo Alckmin, a quem apoiamos na disputa contra Lula).

Com isso, o PPS integra hoje os governos municipal (gestão Serra/Kassab) e estadual (participou da coligação que elegeu Serra, mas já pertencia à base de sustentação das administrações de Alckmin e, antes, de Mário Covas).

Portanto, são plenamente justificáveis todos os seguintes cenários para o PPS (excludentes entre si, mas jamais contraditórios):

1) Apresentar uma candidatura única a prefeito de São Paulo em coligação com PSDB e DEM;
2) Compor a chapa do candidato Geraldo Alckmin à Prefeitura;
3) Compor a chapa à reeleição do prefeito Gilberto Kassab;
4) Cada partido aliado (PPS, PSDB e DEM) lançar candidatura própria e retomar a aliança no eventual segundo turno das eleições de 2008.


Este último cenário sempre foi o mais provável para o presidente nacional do PPS, Roberto Freire. No entendimento dele, uma candidatura própria fortalece a legenda, dá mais visibilidade às propostas do partido e favorece a chapa de candidatos a vereador.

A filiação da vereadora Soninha Francine, saída do PT e anunciada pré-candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, veio consolidar este posicionamento.

Dentro desta lógica, é cogitada a candidatura do próprio Roberto Freire à Câmara Municipal paulistana, para qualificar o debate sucessório, ajudando a conscientizar e mobilizar o eleitorado a partir de São Paulo, principal pólo do embate político, sócio-econômico e ideológico que será travado nacionalmente no próximo triênio.



PPS deve reafirmar a sua identidade programática

É importante para o PPS reafirmar-se programática e ideologicamente como um partido democrático de esquerda, composto em grande parte por uma nova geração de políticos éticos e comprometidos com a busca de novos caminhos para o desenvolvimento econômico, político e social do Brasil. (leia mais)


Uma candidatura majoritária própria não seria o único caminho para isso, principalmente no atual contexto, em que o PPS integra uma aliança que derrotou na cidade de São Paulo uma administração absolutamente equivocada do PT (base de lançamento dos mesmos métodos deploráveis e práticas fisiológicas que foram reproduzidas no governo federal e geraram sucessivos escândalos).

Por outro lado, parece fundamental ao PPS reiterar à sociedade a nossa identidade e marcas próprias. As eleições municipais de 2008 podem favorecer este reposicionamento estratégico da legenda. Uma candidatura como a de Soninha Francine pode dar maior visibilidade e conteúdo a este arcabouço de intenções.

Uma coisa é óbvia: devemos ser mais inteligíveis ao eleitorado.


Um exemplo clássico da necessidade de reafirmar a identidade do PPS se deu em uma troca de e-mails com a jornalista Renata Lo Prete, editora do Painel, coluna política da Folha de S. Paulo.

Uma possível filiação de Zulaiê Cobra (bem antes da filiação de Soninha) ao PPS foi assim noticiada pelo Painel, em 6 de julho:

"Vai sonhando. A ex-deputada tucana Zulaiê Cobra procura legenda para se candidatar à Prefeitura de São Paulo. Já ouviu do PPS que, se a condição para entrar no partido for essa, nada feito."

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, desmentiu a nota: "Não é sonho, é realidade. Se é esse o desejo de Zulaiê tudo caminha bem, pois é de grande interesse do PPS ter candidatura própria à Prefeitura de São Paulo."

A tréplica de Renata Lo Prete, por e-mail: "Sinto, mas não me parece ser o caso de ´desmentido´. Entendo os motivos que levam Roberto Freire a garantir a Zulaiê Cobra que ´tudo caminha bem´ para que ela seja a candidata do PPS à prefeitura, mas o Painel faria papel de bobo se comprasse essa versão, pois o mundo inteiro sabe que o partido estará com o Alckmin em São Paulo no ano que vem."

"O mundo inteiro sabe...". E assim, na ironia, no deboche, no achômetro, desfaz-se a imagem de um partido sério, íntegro, independente, com 85 anos de história. Repete-se a mentira até parecer verdade. Confunde-se uma simples possibilidade eleitoral com o atrelamento automático e a subserviência política, como se fosse um caminho único e não restassem outras várias alternativas.

Zulaiê (ex-PSDB) acabou se filiando ao PHS. Soninha (ex-PT) acreditou na proposta do PPS e, entusiasmada, aceitou o desafio.


Daí a necessidade de um posicionamento claro do PPS. É elementar que, em uma eleição polarizada entre Alckmin e um(a) candidato(a) petista, a tendência seria apoiar o tucano. Mas será que Alckmin vai ser mesmo o candidato do PSDB? E será que o DEM irá embarcar nessa candidatura? Quantas forças não estão trabalhando contra isso, em todos os partidos? Qual o impacto que a pré-candidatura de Soninha terá perante o eleitorado paulistano?

Já foi mencionado que não haveria nenhuma contradição em apoiar Alckmin, ou Kassab, ou mesmo lançar uma candidatura própria (sem que isso signifique necessariamente o rompimento da aliança com PSDB e DEM). Cada partido pode se afirmar individualmente - e o que nos une, sempre, é a oposição aos métodos e práticas do PT.

No caso de Alckmin e Zulaiê, por exemplo, ambos têm origem no mesmo "ninho" tucano de Mário Covas. Eles podem até ser adversários em 2008, mas não são inimigos. Por outro lado, Soninha é uma dissidente do PT, que se declarou, como a maioria dos cidadãos de bem, "desiludida" com o antigo partido.


O DEM de Kassab é quem historicamente está mais distante do PPS, em termos políticos e ideológicos. Mas o fato dele representar a continuidade da gestão de José Serra em São Paulo, sem desviar um só milímetro da aliança eleitoral e programática que nos reuniu em 2004 e 2006, anula essas diferenças.

Dentro dos três partidos desta aliança (PPS, PSDB e DEM), há tanto os que defendem uma candidatura única quanto os que preferem que cada legenda apresente uma opção diferente no primeiro turno. Ou, no PPS, o atrelamento a um ou outro nome (Alckmin ou Kassab) desde o primeiro turno.

Ora, mas se nem os próprios tucanos e democratas estão convictos do que vão fazer em 2008, não havia razão para um atrelamento automático do PPS. Até as convenções partidárias de junho do próximo ano, cada partido reunirá o que tem de melhor (e pior) para apresentar ao eleitorado. Desde já proliferam internamente pré-candidaturas, palpites e balões de ensaio. Mas qualquer previsão agora é precipitada. De concreto, no PPS, existe a pré-candidatura de Soninha, que vai se consolidando.

O PPS na eleição municipal paulistana de 2008


A orientação do Diretório Nacional do PPS, seguindo seu planejamento estratégico, é pela candidatura própria à prefeitura das capitais e municípios com mais de 100 mil eleitores.

Em São Paulo, pragmaticamente, deveríamos optar por construir e viabilizar esta candidatura própria à Prefeitura ou por reeditar uma aliança que eventualmente nos ofereça a vaga de vice, por exemplo.

Até abril de 2008, prazo para a definição de Marta Suplicy (ela deixará o Ministério do Turismo para concorrer outra vez à Prefeitura de São Paulo?), o sobe-e-desce das pesquisas sobre a administração Kassab, a solução dos conflitos internos do PSDB etc., vai ser difícil algum partido decidir algo concreto. Por enquanto, podemos apenas supor, torcer ou, o que parece mais apropriado, trabalhar e buscar construir uma alternativa palpável à cidade.

A pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo da vereadora Soninha é uma alternativa para qualificar o debate, resgatar princípios e ideais que parecem fora de moda na política, construir um programa de governo verdadeiramente identificado com os cidadãos paulistanos e reaproximar o PPS de movimentos populares e sociais.

Reveja também aqui o que o Blog do PPS/SP já publicou sobre a idéia de lançar o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, como candidato à Câmara de São Paulo e um manifesto pela candidatura.

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Blog do PPS/SP: O doce dilema da vereadora Soninha

PPS/SP põe o "Pé na Estrada" e promove oito encontros regionais

Blog do PPS/SP: Pesquisa avalia imagem do PPS e de Roberto Freire

Mais informações, entre em contato:

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Rua Dona Germaine Burchard, 352
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Tel. (11) 3675-6492 / 2157-8823 / 3477-2388

PPS/SP põe o "Pé na Estrada" e promove oito encontros regionais


Em pouco mais de dois meses, o PPS de São Paulo promoveu encontros partidários em oito regiões do Estado, com mais de 100 cidades representadas dentro do projeto "Pé na Estrada", que percorrerá os 164 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.

O ritmo dos eventos indica a preocupação do partido em se preparar para obter um excelente desempenho nas eleições municipais de 2008 e também serviu para organizar a participação da militância na Conferência Caio Prado Júnior, que aconteceu em Brasília, entre 17 e 19 de agosto.

Foram promovidos eventos em Martinópolis / Presidente Prudente (26/5), Ourinhos (26/5), São Paulo (7/7), São José do Rio Preto (27/7), Jundiaí (28/7), Guarulhos (3/8), Campinas (4/8), Vale do Paraíba e Litoral Norte (11/8).

Clique aqui para acompanhar todas as informações sobre a mobilização do PPS/SP para as eleições municipais de 2008.

“Oficialmente a campanha eleitoral só começa em julho de 2008, depois das convenções. Mas queremos colocar já o time em campo e promover encontros para debater soluções para os problemas dos municípios. A Conferência Caio Prado Júnior ofereceu a oportunidade e o material para que fizessemos isso, com a participação de nossos pré-candidatos, antes da oficialização das candidaturas na convenção”, explica o presidente do PPS de São Paulo e deputado estadual Davi Zaia.

Campinas

Em 4/8, o PPS reuniu os municípios da região de Campinas, na Câmara Municipal da cidade. O encontro regional contou com a participação do presidente nacional do partido, Roberto Freire, e do deputado federal Arnaldo Jardim, e foi presidido pelo deputado estadual Davi Zaia.

Os participantes, pré-candidatos a prefeituras municipais e presidentes do partido nos municípios relataram a situação da sigla partidária em suas localidades. Falaram sobre as suas cidades, os representantes dos municípios de Campinas, Conchal, Rio Claro, Jaguariúna, Espírito Santo do Pinhal, Iracemápolis, Mineiros do Tietê, Analândia, Limeira, Ortolândia, Valinhos, Atibaia, Mogi Guaçú, Artur Nogueira, Sumaré, Paulínia, Santa Gertrudes, Pirassununga e Itatiba (Zaia falou por sua cidade natal, Cordeirópolis, na impossibilidade da presença do prefeito Carlos César Tamiaso).

A mesa foi composta pela pré-candidata a prefeita de Itatiba, Marina Bredariol, pelo vereador de Itatiba e coordenador do trabalho político nos municípios paulistas, Edivaldo Húngaro, pelo vice-prefeito e pré-candidato a prefeito de Conchal, Antonio Aparecido Pelissari, pelo prefeito de Santa Gertrudes, Valtimir Ribeirão (PMDB), o presidente do PPS de Campinas, André Von Zuben, e o vereador Wallace Ananias de Freitas Bruno, de Pirassununga, além de Davi Zaia, Arnaldo Jardim e Roberto Freire.

Alguns pré-candidatos fizeram perguntas a Arnaldo Jardim e Roberto Freire sobre mudanças na legislação eleitoral e a reforma política, esta última bastante discutida no início dos trabalhos parlamentares deste ano, mas que não se concretizou. Alterações como o voto distrital e as listas partidárias acabaram não vingando. Restaram outras como a federação de partidos e o financiamento público de campanha que, ao que tudo indica também acabarão no esquecimento.

Pela Câmara dos Deputados não haverá mudança, declarou categoricamente Roberto Freire. Ele foi duro com o governo Lula. “A situação é de interesse do governo que está cooptando e corrompendo os deputados”. Freire disse que Lula está ampliando a sua base de sustentação apelando para esse expediente. Ele citou casos dentro do próprio partido, como o de um deputado federal que se desligou do PPS, passando da oposição para a base governista.

A mudança de partido político por deputados e vereadores remete a dois pareceres do TSE, motivados por consultas, que ao interpretar a legislação eleitoral, considera que mandatos dos parlamentares pertencem aos partidos pelos quais foram eleitos. O STF (Supremo Tribunal Federal) irá decidir se nesse caso, os parlamentares que trocaram de partido durante os seus mandatos serão substituídos pelos seus suplentes.

Para Arnaldo Jardim, o governo “apequenou” a reforma. Segundo ele, as possibilidades de mudanças são pequenas. Em relação às coligações, Jardim disse que o PPS não vai defender alinhamento automático e que a dinâmica municipal é o conceito aplicado pelo partido, respondendo às questões de que se nos municípios as coligações entre partidos deveriam ficar subordinadas à decisão dos partidos em nível nacional.

Independente de alterações que possam acontecer na legislação eleitoral, Davi Zaia defendeu a importância de continuar trabalhando pela formação de chapas próprias, mesmo porque, segundo ele, não está afastada a possibilidade de as coligações serem proibidas.

Nessa mesma linha, o presidente do PPS em Campinas, André Von Zuben, citou o exemplo da insistência do partido local na formação de chapas próprias nas eleições passadas que acabaram fortalecendo a legenda e criaram as condições para o partido eleger dois vereadores na cidade.

Davi insistiu na importância da participação do partido nos movimentos sociais, junto às associações de moradores, de empresários, como a melhor forma de organização do PPS e de fortalecimento da sigla.

Guarulhos

Na noite de 3 de agosto, uma sexta-feira, o PPS de Guarulhos promoveu o seu encontro regional que contou com a presença dos municípios da Região do Alto Tietê. Representantes de partidos políticos como o PSOL, PC do B, PV, PT do B e DEM, que a exemplo do PPS fazem oposição ao governo municipal, fizeram questão de comparecer à Câmara Municipal de Guarulhos em reconhecimento à postura do partido na cidade, por sua atuação e conduta ética.

O encontro, dirigido pelo presidente municipal do partido, Eduardo Rocha, marcou a filiação de novos integrantes do partido, muitos dos quais pré-candidatos a vereador, que tiveram suas fichas abonadas pelo presidente do PPS, Roberto Freire, também presente ao encontro.

Durante o acontecimento político foram feitas muitas críticas à administração municipal do PT em Guarulhos que, segundo alguns dos participantes, reproduz o que acontece no governo federal, tanto em relação às denúncias de corrupção quanto aos casos de cooptação de vereadores para a situação. A mulher do prefeito Elói Pietá, a deputada federal Janete Pietá, que pode ser indicada para sucedê-lo, foi mencionada pelas doações que recebeu de empreiteiras durante a campanha eleitoral, que são contratadas pela Prefeitura.

Sobre esse último aspecto, o vereador do PPS em Guarulhos, o médico Ricardo Ruiz, disse que dos 34 vereadores da Câmara Municipal, 30 fazem parte da bancada do governo e apenas quatro cumprem o papel de fiscalizar o Executivo e legislar.

A Conferência Caio Prado Júnior fez parte do tema do encontro. O presidente regional do PPS Davi Zaia falou de sua importância para construir alternativas que façam frente ao crescimento insuficiente da economia, que não é capaz de resolver o problema do desemprego e da péssima distribuição de renda do país. Ele ressaltou o esforço de fortalecimento do PPS.

“O Partido só existe se tiver participação na vida dos municípios”. Zaia disse que a eleição de vereadores do PPS irá se refletir na melhora de atuação das casas legislativas de cada cidade.

São José do Rio Preto

Em Rio Preto, cerca de 70 dos 110 municípios da região estiveram representados no Encontro Regional do PPS, no dia 27 de julho. Desses, 35 municípios contam com chapas completas de pré-candidatos a prefeito e vereador.

Jundiaí

No dia 24 de julho, 14 municípios da região de Jundiaí e do Circuito das Águas participaram do Encontro Regional do PPS. O ex-deputado e vereador Mauro Menucchi disse durante o evento que o PPS está cada vez mais forte e despertando o interesse de quadros políticos experientes da região.

Vale do Paraíba e Litoral Norte

O PPS tem tudo para um bom desempenho eleitoral no Vale do Paraíba e Litoral Norte, segundo avaliação do coordenador político no Estado de São Paulo para as eleições de 2008, Edivaldo Húngaro, vereador de Itatiba, e dos participantes do Encontro Regional que o partido promoveu na Câmara Municipal de São José dos Campos, no dia 11 de agosto.

A região elegeu quatro prefeitos do PPS nas eleições municipais passadas (Roseira, Natividade da Serra, Pindamonhangaba e São Sebastião) e 37 vereadores. “Para 2008 o PPS vai lançar de 6.200 a 6.500 candidatos com perspectiva de eleger 650 vereadores”, avalia Húngaro.

Ao abrir o evento, o presidente estadual do PPS, deputado estadual Davi Zaia, disse que o momento é do partido discutir a questão das cidades, com objetivos não apenas eleitorais, mas de formular propostas para o crescimento econômico com distribuição de renda, inclusão social e cidadania.

O encontro contou com a presença do prefeito de São José dos Campos, Eduardo Pedrosa Cury (PSDB), que elogiou a participação do PPS em sua administração.

“Vocês ajudam a administrar a cidade em áreas vitais como a social e a de obras e manutenção”.

O partido, em coligação com o PSDB, conta com duas secretarias municipais e elegeu dois vereadores, Miranda Ueb (em seu quinto mandato) e Robertinho da Padaria. Ambos participaram do evento.

A meta, segundo o presidente municipal do PPS, Osman Cordeiro, é eleger quatro vereadores nas próximas eleições, e indicar o candidato a vice-prefeito, novamente em coligação com o partido do prefeito Cury.

O discurso do prefeito de São José dos Campos foi elogiado pelo deputado federal Arnaldo Jardim, que analisou as características diferenciadas da região do ponto de vista de suas belezas naturais, de sua pujança industrial e de suas características históricas.

Jardim também falou da atuação do partido na Câmara federal, do esforço dos parlamentares para aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para readequar o número de vereadores nos legislativos municipais e o fortalecimento da concepção reafirmada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de que o mandato parlamentar pertence aos partidos políticos.

O Encontro reservou parte destacada dos trabalhos para a avaliação da situação do PPS nos diversos municípios da região. Falaram por suas cidades, os representantes de Taubaté, São Bento do Sapucaí, São Sebastião, Pindamonhangaba, Ubatuba, Jacareí, Cunha, Piquete, Paraibuna e Caraguatatuba. Também estiveram representadas as cidades de Caçapava, Ilha Bela e Guaratinguetá.

São Sebastião, no Litoral Norte do Estado, administrado pelo prefeito Juan Garcia, está entre os municípios que partem para a disputa eleitoral com boas perspectivas. É representado na Câmara municipal por dois vereadores e espera eleger de quatro a cinco candidatos, em coligação com dez partidos políticos (com o PPS liderando a chapa), na avaliação de Garcia.

Sem traçar prognósticos, o prefeito de Pindamonhangaba, João Ribeiro, outro município sobre responsabilidade do PPS, fez um balanço social de sua administração, com destaque para o saneamento financeiro do município, aumento do piso salarial dos servidores públicos em 40% (a meta é chegar aos 60%) e oferta de cursos de qualificação profissional para a população.

Em Taubaté, o destaque é a atuação dos dois vereadores do partido, Henrique Nunes e Polyana de Araujo. O PPS está em negociação com diversas forças políticas do município para a montagem de chapa para a disputa da eleição para prefeito.

A vereadora Polyana se destaca pelo trabalho que está fazendo na área da educação. Ela enfatizou o encontro regional o trabalho do partido, marcado pelo “companheirismo”, e fez um chamado especial para a participação das mulheres na política. “Trabalho da mulher também é na política”, disse. Polyana defendeu um maior foco do PPS na filiação das mulheres.

Ourinhos, Martinópolis e Presidente Prudente

Dois encontros foram realizados em 26 de maio: um em Ourinhos, reunindo representantes de 7 cidades, e outro na Câmara Municipal de Martinópolis, com a participação de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de 17 municípios da região, com a presença de Davi Zaia e Edvaldo Hungaro.

São Paulo

Em São Paulo, o encontro do partido reuniu mais de 100 dirigentes do PPS, no dia 7 de julho, na Assembléia Legislativa. Dos 47 municípios com mais de 100 mil habitantes do Estado, 36 foram representados por prefeitos, vereadores, e pré-candidatos para as eleições municipais do próximo ano.

Entre os presentes, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, a ex-deputada Zulaiê Cobra Ribeiro, até então sem partido e que dizia estar "namorando" o PPS, e o ex-goleiro Ronaldo, do Corinthians, recém filiado e pré-candidato a vereador em São Paulo.

Leia aqui mais informações sobre o encontro ocorrido em São Paulo, na Assembléia Legislativa.

domingo, 23 de setembro de 2007

Artigo da escritora Lya Luft na revista Veja: "Vai piorar"


Vai piorar

"Tolerância zero com tudo o que nos desmoraliza e humilha, perseguição implacável ao cinismo, mudança total nas futuras eleições, faxina no Congresso"

Escritores devem escrever, palestrantes devem falar. Qualquer pessoa tem a obrigação de pensar e o direito de se expressar. Claro que isso não acontece num país de analfabetos, onde não se tem interesse em que o povo pense:

um povo informado escolheria outros líderes, não ficaria calado quando pisoteiam sua honra, expulsaria de seus cargos os pseudolíderes e tentaria recompor as instituições aviltadas.

Mas nós não fazemos nada disso: parecemos analfabetos e afásicos, uma manada de bobos assistindo às loucuras que se cometem contra nós, contra cada um de nós.

E eu, que tenho as duas atividades, escrever e eventualmente falar, que desde criança fui ensinada que cabeça não foi feita só para separar orelhas, mas para pensar, questionar – e também para ser feliz –, neste momento, não sei o que pensar.

Muito menos o que responder quando me perguntam interminavelmente o que estou achando, como estou me sentindo. Estou virando pessimista. Não em minha vida pessoal, mas em relação a este país.

Ou melhor: a seus governantes, autoridades, homens públicos, políticos. Mal consigo acreditar no que se está passando. A cada dia um espanto, a cada dia uma decepção, a cada dia um desânimo e uma indignação.

Este já foi o país dos trouxas, que pagam impostos altíssimos e quase nada recebem em troca; o país dos bobos, que não distinguem um homem honrado dum patife, uma ação pelo bem geral de uma manobra para encher o bolso ou galgar mais um degrauzinho no poder a qualquer custo;

o país dos mistérios, onde quem é responsável absoluto não sabe de nada, ou finge enxergar outra realidade, não a nossa. Hoje, estamos ameaçados de ser o país dos sem-vergonha. A falta de pudor e o cinismo imperam e não há, exceto talvez o Supremo Tribunal, lugar totalmente confiável.

Entre os políticos, com cargos ou não, impera um corporativismo repulsivo – ou estaremos todos de rabinho preso? Nós, povo que se deixa enganar tão facilmente, que pouco se informa e questiona, vamos nos tornando da mesma laia?

Seremos também, concreta ou moralmente, vendidos? Quando eu era menina de colégio, às vezes os rapazes se insultavam gritando "vendido!", não me lembro bem por quê. Deviam ser questões esportivas. Um ponto não marcado, um gol roubado.

Era grave insulto. Hoje, parece que ninguém mais liga para insultos, leves ou pesados – nada pega, tudo é água em pena de pato, escorre e acabou-se. Um povo teflon. Vemos líderes vendendo-se em troca de comodidade, cargo, poder, dinheiro, impunidade, preservação de algum sórdido segredo, ou simplesmente a covardia protegida.

Quem nos deve representar sumiu no ralo. Quem nos deve orientar se transformou em mamulengo. Quem nos deve servir de modelo chafurda na lama. E nós, povo brasileiro, nos arrastamos na tristeza.

Reagimos? Como reagimos? Pintamos a cara e saímos às ruas aos milhares, aos milhões, jogamos ovos podres, paramos o país, pacificamente que seja, tentamos mudar o giro da máquina apodrecida? Aqui e ali um tímido protesto, nada mais.

De algum lugar surgiram os senadores que votam às escondidas porque não têm honra suficiente para enfrentar quem os elegeu; os deputados pouco confiáveis, alguns duvidosos ministros, de onde surgiram?

De nós. Nós os colocamos lá, nós votamos, nós permitimos que lá estejam e continuem – nós, através das mãos dos ditos representantes, instituímos a vergonha nacional que em muitas décadas será lembrada como um tempo de opróbrio.

E não argumentem que a economia está ótima: ainda que esteja, digo que me interessa muito menos a economia do que a honra e a confiança, poder ser brasileiro de cabeça erguida.

Existe o Bolsa Família, a miséria está um pouco menos miserável? Pode ser. Mas os hospitais continuam pobres e podres, as escolas e universidades carentes, as estradas intransitáveis, a autoridade confusa e as instituições esfaceladas, os horizontes reduzidos.

O Senado terminou de ruir? Querem até acabar com ele? Pode parecer neste momento que ele não faz muita falta, mas sua ausência seria um passo para o Executivo ditatorial, a falência total da ordem e a perda de um precário equilíbrio.

Com pressentimentos nada bons, faço – embora sem grande esperança – uma conclamação: tolerância zero com tudo o que nos desmoraliza e humilha, perseguição implacável ao cinismo, mudança total nas futuras eleições, faxina no Congresso, Senado e câmaras, renovação positiva no país. Conscientização urgente, pois, acreditem, do jeito que vai a coisa tende a piorar.

Lya Luft é escritora

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Arnaldo Jardim e Alex Manente participam de encontro em Jacareí

O deputado federal Arnaldo Jardim e o deputado estadual Alex Manente prestigiaram o 1º Encontro Municipal do PPS de Jacareí, no dia 14 de setembro, com a presença de mais de 200 pessoas, ocasião em que o atual vice-prefeito, Davi Monteiro Lino, foi aclamado como pré-candidato a prefeito pelo partido nas eleições do próximo ano. Davi já conta com o apoio do prefeito reeleito Marco Aurélio de Souza (PT), para reviverem a dobradinha das eleições de 2004.

O PPS se reuniu para festejar o ingresso no partido de cerca de 30 lideranças políticas locais. Muitas delas serão candidatas a vereador nas próximas eleições municipais. Também compareceram o prefeito de Pindamonhangaba, João Ribeiro, vereadores do PPS de Jacareí e lideranças do partido de outras cidades do Vale do Paraíba.

Na oportunidade, o deputado Arnaldo Jardim ressaltou que a decisão das lideranças locais de assinar a ficha de filiação ao partido "aumenta a responsabilidade dos políticos, principalmente neste momento de crise moral". Entretanto, Jardim demonstrou sua satisfação com a possibilidade do partido contar com uma chapa forte e representativa em uma cidade importante como Jacareí. “Essa movimentação abre boas perspectivas para o partido em toda a região do Vale do Ribeira”.

O prefeito Marco Aurélio, ao citar as realizações de seu governo, reafirmou o compromisso de manter a aliança local, entre PT e o PPS, nas próximas eleições municipais para “dar continuidade ao grande projeto de inclusão social em curso em Jacareí”.

Com cerca de 200 mil habitantes, Jarareí possui mais de 300 indústrias e 4 mil estabelecimentos comerciais estão instalados hoje na cidade. A cidade conta com um dos menores índices de mortalidade infantil do Estado de São Paulo.

(Da assessoria do deputado federal Arnaldo Jardim)

Medalhista olímpico Lars Grael é o mais novo filiado do PPS/SP


O velejador e ex-secretário de Juventude, Esporte e Lazer do Estado de São Paulo (2003-2006) Lars Grael é o mais novo filiado do partido (na foto entre os presidentes do PPS nacional Roberto Freire, estadual Davi Zaia e municipal Carlos Fernandes).

Paulistano de 43 anos, casado com Renata Pellicano Grael, tem três filhos: Trine, Nicholas e Sofia. Foi idealizador e fundador do Projeto Grael, hoje Instituto Rumo Náutico, no Rio, que daria origem ao Projeto Navegar, no âmbito federal, e ao Navega São Paulo, na administração paulista, atendendo mais de 40 mil jovens.

"Estou me filiando por absoluta afinidade ideológica e pela postura do PPS de ter o esporte entre as suas prioridades de políticas públicas", afirmou Lars Grael. "Vamos promover uma cruzada nacional para que outros esportistas possam reforçar estas propostas."

Entre os nomes mencionados por Lars Grael para integrarem um grupo de formulação de políticas públicas do esporte estão ídolos como a cestinha Magic Paula (basquete), o ex-nadador Gustavo Borges, o ex-goleiro do Corinthians Ronaldo, a ex-nadadora e vereadora do Rio de Janeiro Patricia Amorim e a comentarista, colunista esportiva e vereadora paulistana Soninha Francine.

Reveja aqui a entrevista exclusiva concedida por Lars Grael ao Blog do PPS/SP em junho deste ano, ressaltando as suas afinidades com o partido, e aqui o primeiro contato que promovemos entre ele e o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, em maio.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Arnaldo Jardim filia ex-prefeito Edson Marcusso, de Boituva

O deputado federal Arnaldo Jardim (SP), filiou no PPS o ex-prefeito de Boituva, Edson Marcusso, no dia 17 de setembro. Prefeito em três ocasiões, o advogado Edson Marcusso manifestou a intenção de disputar as próximas eleições para a Prefeitura de Boituva.

“Sempre tive uma relação muito próxima do PPS. O partido fez parte da nossa coligação, elegendo vários vereadores e, hoje, o atual vice-prefeito é do PPS. Além de termos uma parceria de longa data com o deputado Arnaldo Jardim, desde a época do saudoso Chopin Tavares de Lima, com quem nos contamos por diversas vezes nas várias atividades e conquistas para a cidade”, destacou Edson Marcusso.

“Por sua história, pelos seus posicionamentos em questões nacionais, esta filiação é quase que natural, uma escolha amadurecida, e sinto-me respaldado e muito animado para fazer do PPS maior do que já é na minha região”, entusiasma-se o candidato a prefeito.

Sede do Centro Nacional de Pára-quedismo e da Confederação Brasileira de Pára-quedismo, a cidade de Boituva tem mais de 40 mil habitantes e, hoje, além de culturas agrícolas tradicionais (cana, algodão, abacaxi e café), a produção de cogumelos e a olericultura são os maiores destaques.

“O Edson Marcusso é uma importante liderança regional, com o qual sempre tive uma relação muito produtiva e realizadora que trouxe diversos benefícios para a população de Boituva”, comemora Arnaldo Jardim. “O partido ganhará em dinamismo e deve crescer bastante, diante da possibilidade real da sua eleição em 2008”.

(Gabriel Ribeiro, da assessoria do deputado federal Arnaldo Jardim)

JPS/SP realiza Congresso Estadual e elege direção

A JPS (Juventude Popular Socialista) de São Paulo realizou neste domingo o seu Congresso Estadual e passará a ser presidida por Eduardo Mennucci, neto do presidente do CPP (Centro do Professorado Paulista) e 1º suplente de deputado estadual do PPS, professor Palmiro Mennucci.

Entre as metas estabelecidas para este segundo semestre estão a criação do jornal e do site da JPS. “Acredito que estes pequenos passos a serem dados ainda neste ano trarão para a JPS um grande resultado”, diz Eduardo Mennucci. "Já tivemos um grande avanço para a formação de um grupo unificado, que tem pela frente um desafio extremamente árduo."

No Congresso foram lançadas três pré-candidaturas da JPS ao pleito de 2008: Ricardo Maritan por São Paulo, Armando Bueno por Arujá e Felipe Ayub pela cidade de Piraju.

Segundo o novo coordenador eleitoral de São Paulo da JPS Nacional, Peterson Ruan, a meta é ter o máximo de candidatos da Juventude para as eleições de 2008, já prevendo também as eleições de 2010, iniciando com o encontro regional promovido pela JPS juntamente com o coordenador da macro-região de Campinas, Marcio Zulian, que será realizado em outubro.

Nova composição da JPS/SP:

Presidente: Eduardo Mennucci, Vice-Presidente: Igor Húngaro, 1° Vice-Presidente: Felipe Ayub, 2° Vice-Presidente: Juliana Bertoglia, Secretário-Geral: Daniel do Amaral, Tesoureiro: Ivor Carvalho, Secretária de Organização: Andréia Camilo, Secretário de Meio Ambiente: José Valverde, Secretário de Formação Política: Ricardo Maritan, Secretário de Comunicação: Douglas Oliveira, Secretário de Direitos Humanos: Peterson Ruan e Suplentes: Luis Fernando Sant’anna, Leandro Costa Matias, Marcio Zulian, Armando Bueno, João Jorge, Valdomiro Borges, Cecília Zanquini Cabral, Willie Machado, Weberton Andrade, Henrique Santos Guimarães, Wellington Matias de Oliveira, Leonardo Rodrigues e Maíra Teixeira. Presidente do Conselho de Ética: Fernando Rubineli e Presidente do Conselho Fiscal: Luciano Rios.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Arnaldo Jardim filia ao PPS Paulo Sérgio, ex-prefeito de Jaú

O vice-líder do PPS, deputado federal Arnaldo Jardim, esteve na Câmara Municipal de Jaú para participar da filiação do ex-prefeito Paulo Sergio de Almeida Leite e da sua esposa a vereadora Heloisa Almeida Campana, no último sábado (8/9).

A cerimônia foi coordenada pelo presidente do PPS local, Jamil Buchalla Jr., e contou com a presença de presidentes de partidos locais, como: Hamilton Chaves, presidente do DEM; o vereador e presidente do PDT, José Carlos Borgo; o ex-prefeito e presidente do PMDB, Sigifredo Grizzo; Oswaldo Aranha, presidente do PRB; e o vereador Rafael Agostini (PT).

O ato também marcou a filiação do prefeito de Torrinha, Gil Boteon. Além deles, estivam presentes prefeitos, vereadores e diversas lideranças do PPS da região, representando doze municípios paulistas.

“As filiações do Paulo Sergio e da sua esposa Heloisa representam um grande ganho para o nosso partido. Sua administração e trajetória política bem sucedidas estão sendo coroados com a liderança nas pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de Jaú nas próximas eleições”, comemora o deputado Arnaldo Jardim. “Com isso, o PPS se fortalece numa cidade estratégica, um pólo regional localizado na região central do nosso Estado”.

Terra natal do Comandante João Ribeiro de Barros, o primeiro aviador da América Latina a cruzar o Atlântico a bordo do hidroavião Jahú, a cidade tem 150 mil habitantes. Sua economia é baseada, principalmente no setor sucroalcooleiro e é conhecida como a “capital nacional do calçado feminino”.

“Tenho uma ligação histórica com diversas lideranças do PPS, desde a época em que fui prefeito, no período de 1997 e 2001, por isso, esta filiação se deu muito naturalmente. Nutro uma grande admiração pelo presidente nacional da legenda, Roberto Freire, uma referência política histórica do País. A presença de lideranças importantes no ato de filiação, como a do deputado Arnaldo Jardim, reforçam a minha convicção de que fiz a escolha partidária certa e abre uma boa perspectiva de ampliar a parceria que já temos, trazendo mais benefícios para a população jauense”, destaca Paulo Sergio.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Confira entrevista do deputado Arnaldo Jardim ao jornal DCI

O deputado federal Arnaldo Jardim, vice-líder do PPS na Câmara, avalia que o presidente do Senado, Renan Calheiros, será cassado, fala das prioridades de seu mandato e opina que o PPS não deve lançar candidato próprio para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2008. Clique na reprodução da entrevista para vê-la ampliada.