domingo, 26 de agosto de 2007

PPS/SP já se mobiliza para as eleições municipais de 2008

Ninguém mais duvida que a sucessão do presidente Lula, em 2010, será iniciada já nas eleições de 2008. Na cidade de São Paulo, sobretudo com a disputa interna do PSDB entre os grupos de Geraldo Alckmin (mesmo sem confirmar que é pré-candidato já dispara como favorito à Prefeitura) e José Serra (que estimula a reeleição de seu ex-vice e sucessor, Gilberto Kassab), o PPS será forçado a tomar uma posição clara.

Recapitulando: o PPS aliou-se ao PSDB e ao DEM (então PFL) para eleger Serra prefeito de São Paulo em 2004 (derrotando a petista Marta Suplicy) e governador do Estado em 2006 (sucedendo Alckmin, a quem apoiamos na disputa contra Lula).

Com isso, o PPS integra hoje os governos municipal (gestão Serra/Kassab) e estadual (participou da coligação que elegeu Serra, mas já pertencia à base de sustentação das administrações de Alckmin e, antes, de Mário Covas).

Portanto, são plenamente justificáveis todos os seguintes cenários para o PPS (excludentes entre si, mas jamais contraditórios):

1) Apresentar uma candidatura única a prefeito de São Paulo em coligação com PSDB e DEM;
2) Compor a chapa do candidato Geraldo Alckmin à Prefeitura;
3) Compor a chapa à reeleição do prefeito Gilberto Kassab;
4) Cada partido aliado (PPS, PSDB e DEM) lançar candidatura própria e retomar a aliança no eventual segundo turno das eleições de 2008.


Este último cenário, de acordo com recentes declarações, é o mais provável para o presidente nacional do PPS, Roberto Freire. No entendimento dele, uma candidatura própria fortalece a legenda, dá mais visibilidade às propostas do partido e favorece a chapa de candidatos a vereador.

Dentro desta lógica, é cogitada a candidatura do próprio Roberto Freire à Câmara Municipal paulistana, para qualificar o debate sucessório, ajudando a conscientizar e mobilizar o eleitorado a partir de São Paulo, principal pólo do embate político, sócio-econômico e ideológico que será travado nacionalmente no próximo triênio.



PPS deve reafirmar a sua identidade programática

É importante para o PPS reafirmar-se programática e ideologicamente como um partido democrático de esquerda, composto em grande parte por uma nova geração de políticos éticos e comprometidos com a busca de novos caminhos para o desenvolvimento econômico, político e social do Brasil. (leia mais)


Uma candidatura majoritária própria não é o único caminho para isso, principalmente no atual contexto, em que o PPS integra uma aliança que derrotou na cidade de São Paulo uma administração absolutamente equivocada do PT (base de lançamento dos mesmos métodos deploráveis e práticas fisiológicas que foram reproduzidas no governo federal e geraram sucessivos escândalos).

Por outro lado, parece fundamental ao PPS reiterar à sociedade a nossa identidade e marcas próprias. As eleições municipais de 2008 podem favorecer este reposicionamento estratégico da legenda. Uma candidatura como a de Roberto Freire pode dar maior visibilidade e conteúdo a este arcabouço de intenções.

Uma coisa é óbvia: devemos ser mais inteligíveis ao eleitorado.


Um exemplo clássico da necessidade de reafirmar a identidade do PPS se deu em uma troca de e-mails com a jornalista Renata Lo Prete, editora do Painel, coluna política da Folha de S. Paulo.

A possível filiação de Zulaiê Cobra ao PPS foi assim noticiada pelo Painel, em 6 de julho:

"Vai sonhando. A ex-deputada tucana Zulaiê Cobra procura legenda para se candidatar à Prefeitura de São Paulo. Já ouviu do PPS que, se a condição para entrar no partido for essa, nada feito."

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, desmentiu a nota: "Não é sonho, é realidade. Se é esse o desejo de Zulaiê tudo caminha bem, pois é de grande interesse do PPS ter candidatura própria à Prefeitura de São Paulo."

A tréplica de Renata Lo Prete, por e-mail: "Sinto, mas não me parece ser o caso de ´desmentido´. Entendo os motivos que levam Roberto Freire a garantir a Zulaiê Cobra que ´tudo caminha bem´ para que ela seja a candidata do PPS à prefeitura, mas o Painel faria papel de bobo se comprasse essa versão, pois o mundo inteiro sabe que o partido estará com o Alckmin em São Paulo no ano que vem."

"O mundo inteiro sabe...". E assim, na ironia, no deboche, no achômetro, desfaz-se a imagem de um partido sério, íntegro, independente, com 85 anos de história. Repete-se a mentira até parecer verdade. Confunde-se uma simples possibilidade eleitoral com o atrelamento automático e a subserviência política, como se fosse um caminho único e não restassem outras várias alternativas.


Daí a necessidade de um posicionamento claro do PPS. É elementar que, em uma eleição polarizada entre Alckmin e um(a) candidato(a) petista, a tendência seria apoiar o tucano. Mas será que Alckmin vai ser mesmo o candidato do PSDB? E será que o DEM irá embarcar nessa candidatura? Quantas forças não estão trabalhando contra isso, em todos os partidos?

Já foi mencionado que não haveria nenhuma contradição em apoiar Alckmin, ou Kassab, ou mesmo lançar uma candidatura própria (sem que isso signifique necessariamente o rompimento da aliança com PSDB e DEM). Cada partido pode se afirmar individualmente - e o que nos une, sempre, é a oposição aos métodos e práticas do PT.

No caso de Alckmin e Zulaiê, por exemplo, ambos têm origem no mesmo "ninho" tucano de Mário Covas. Eles podem até ser adversários em 2008, mas não são inimigos.


O DEM de Kassab é quem historicamente está mais distante do PPS, em termos políticos e ideológicos. Mas o fato dele representar a continuidade da gestão de José Serra em São Paulo, sem desviar um só milímetro da aliança eleitoral e programática que nos reuniu em 2004 e 2006, anula essas diferenças.

Dentro dos três partidos desta aliança (PPS, PSDB e DEM), há tanto os que defendem uma candidatura única quanto os que preferem que cada legenda apresente uma opção diferente no primeiro turno. Ou, no PPS, o atrelamento a um ou outro nome (Alckmin ou Kassab) desde o primeiro turno.

Ora, mas se nem os próprios tucanos e democratas estão convictos do que vão fazer em 2008, não há razão para apressar nenhuma definição. Até as convenções partidárias de junho do próximo ano, cada partido reunirá o que tem de melhor (e pior) para apresentar ao eleitorado. Desde já proliferam internamente pré-candidaturas, palpites e balões de ensaio. Mas qualquer previsão agora é precipitada.

O PPS na eleição municipal paulistana de 2008


A orientação do Diretório Nacional do PPS, seguindo seu planejamento estratégico, é pela candidatura própria à prefeitura das capitais e municípios com mais de 100 mil eleitores.

Em São Paulo, pragmaticamente, deveremos optar por construir e viabilizar esta candidatura própria à Prefeitura ou por reeditar uma aliança que eventualmente nos ofereça a vaga de vice, por exemplo.

Até abril de 2008, prazo para a definição de Marta Suplicy (ela deixará o Ministério do Turismo para concorrer outra vez à Prefeitura de São Paulo?), o sobe-e-desce das pesquisas sobre a administração Kassab, a solução dos conflitos internos do PSDB etc., vai ser difícil algum partido decidir algo concreto. Por enquanto, podemos apenas supor, torcer ou, o que parece mais apropriado, trabalhar e buscar construir uma alternativa palpável à cidade.

Reveja aqui o que o Blog do PPS/SP já publicou sobre a idéia de lançar o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, como candidato à Câmara de São Paulo e um manifesto pela candidatura.

O PPS e a estratégia eleitoral para o Estado de São Paulo


O PPS-SP já se organiza para as eleições de 2008, revitalizando diretórios municipais e promovendo a filiação ao partido de lideranças expressivas, como é o caso de Mauro Menuchi, pré-candidato à Prefeitura de Jundiaí, na foto entre os deputados David Zaia, Vitor Sapienza, Alex Manente, Roberto Morais e Luis Carlos Gondim.

A lei eleitoral determina que a filiação partidária dos candidatos às eleições municipais de 2008 (para vereadores e prefeitos) esteja regularizada até o final de setembro de 2007, ou seja, um ano antes do pleito.


Outro recém-filiado ao PPS é o presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Pires, vereador Edinaldo de Menezes, o Dedé, que anunciou a intenção de concorrer à Prefeitura do município.

Ele fez o anúncio após ser recebido pelos deputados que compõem a bancada do PPS na Assembléia Legislativa (Dedé é o terceiro da foto, entre David Zaia, presidente estadual do PPS; Roberto Morais, líder do partido na Assembléia; Alex Manente, coordenador regional do PPS no Grande ABC; Vitor Sapienza e Luís Carlos Gondim).

Além de Mauro Menuchi em Jundiaí e Dedé em Ribeirão Pires, o PPS tem outras lideranças representativas, como Wagner Rubinelli (Mauá), Lair da Apae (também em Ribeirão Pires) e Edna Flor (Araçatuba), sem contar os municípios já administrados pelo PPS, onde os prefeitos podem se reeleger (por exemplo, Juan Pons Garcia, em São Sebastião, e João Ribeiro, em Pindamonhangaba) ou fazer seu sucessor (como Edinho Araújo, reeleito prefeito de Rio Preto em 2004).

Ação estratégica em 47 cidades


A principal estratégia do PPS para as eleições municipais de 2008 é centrar esforços em municípios com mais de 100 mil eleitores. No estado são 47 cidades nesse situação, que representam 66% do eleitorado.

O Diretório Estadual nomeou Edvaldo Hungaro, membro da Executiva e vereador de Itatiba, como coordenador regional eleitoral para definir, em parceria com a coordenação eleitoral nacional, as estratégias que serão adotadas nesses municípios.

No dia 7 de julho houve a primeira reunião entre os dirigentes do partido nas 47 maiores cidades paulistas com o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, o coordenador eleitoral nacional da legenda, Paulo Elisiário, o deputado estadual David Zaia, presidente do PPS do Estado de São Paulo, e o deputado federal Arnaldo Jardim, vice-líder da bancada do PPS na Câmara.

Todo esse trabalho faz parte do projeto "Pé na Estrada", que visa itensificar as ações do partido nos 164 municípios brasileiros com mais de 100 mil eleitores, que representam 46% de eleitorado do país. O projeto está inserido no Planejamento Estratégico da legenda para 2007 e 2008 e busca o crescimento do partido nas próximas eleições municipais.

Segundo o secretário-geral do PPS, Rubens Bueno, as cidades de grande eleitorado terão atenção especial da direção nacional do PPS, com visitas do presidente Roberto Freire.

"Nossa idéia é, de forma antecipada, preparar a atuação do partido nessas cidades, explicando aos dirigentes do PPS nosso planejamento estratégico, suas tarefas e responsabilidades. Tudo visando a filiação de novas lideranças e formação de chapas fortes de vereadores e candidatos próprios a prefeito para a eleição municipal de 2008", explica Bueno.

O Projeto "Pé na Estrada" tem em cada estado uma Coordenação Eleitoral, que fará todo acompanhamento, colhendo informações periódicas sobre os municípios com mais de 100 mil eleitores onde o partido disputará as eleições. Ela atua de forma integrada com a Coordenação Nacional. Já os municípios com menos de 100 mil habitantes terão suas ações acompanhadas pelas direções estaduais e municipais do partido.

Faltando mais de um ano para o início da campanha eleitoral de 2008, o PPS/SP já tem cerca de 40 pré-candidatos a prefeito no interior de São Paulo, segundo informa o coordenador eleitoral, Edvaldo Hungaro. Confira:

Aguaí - Gutemberg Adrian de Oliveira (atual vereador)

Amparo - Mario Ancona (vereador, atual presidente da Câmara)

Andradina - Ernesto Silva (prefeito, disputa a reeleição)

Araçatuba - Edna Flor (ex-vereadora)

Arujá - João do Gás

Barra Bonita - Nenê (ex-prefeito)

Barretos - Emanuel Carvalho (reeleição)

Bertioga - Dr. Alexandre (médico da cidade)

Caconde - Zé Bento (presidente da Câmara)

Catiguá - Vera Lúcia Azevedo Valejo (reeleição)

Cordeirópolis - Carlos César Féio (reeleição)

Cubatão - Adalberto (ambientalista)

Hortolândia - Jair Padovan (ex-prefeito)

Iacri - Claudio Andreazza (ex-prefeito)

Ilhabela - Toninho Colucci (ex-secretário de Saúde)

Indiana - Antonio Poletto (ex-prefeito)

Iracemápolis - Pelé (ex-vereador)

Itanhaém - Josiane Caetano (ex-vereadora)

Itapuí - Gilberto Pancho (reeleição)

Itatiba - Marina Bredariol (ex-vereadora)

Jaboticabal - José Carlos Hori (reeleição)

Jaguariúna - Gustavo Reis (ex-vereador)

Jaú - Paulo Sérgio

José Bonifácio - Isabel (presidente da Câmara)

Jundiaí - Mauro Menucchi (ex-deputado)

Marinópois - Valter (reeleição)

Mauá - Rubinelli (ex-deputado)

Mineiros do Tietê - João Sanchez

Mongaguá - Zé Pedro (vereador)

Paulo de Faria - Andrey (ex-vereador)

Pindamonhangaba - João Ribeiro (reeleição)

Presidente Epitácio - Vitalino (vereador)

Presidente Prudente - Virgilio Tiezzi (ex-prefeito)

Ribeirão Preto - José Aparecido Da Silva (prefeito do Campus da USP no município)

Rosana - Demi da Gleba (presidente da Câmara)

Santo André - Fernando Gomes (empresário e ex-vereador)

São Bernardo - Otávio Manente (ex-secretário de Obras)

São Sebastião - Juan Pons Garcia (reeleição)

Sumaré - Dirceu Dalben (ex-prefeito)

Taciba - Dito (vice-prefeito)

Ubarana - Lapinha

Várzea Paulista - Júnior Aprilante (vice-prefeito)

Votorantim - Erick (ex-vereador)


Mais informações, entre em contato:

PPS/SP - Partido Popular Socialista de São Paulo

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