O 2º vice-presidente da Assembléia Legislativa, deputado Luis Carlos Gondim (PPS), retornou dos Estados Unidos na quarta-feira (16/5), com um desejo na bagagem: ver usinas verdes instaladas e funcionando em todo o Estado de São Paulo.
O parlamentar esteve por uma semana nos Estados Unidos, acompanhado do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Vaz de Lima (PSDB).
Gondim, que viajou a convite da Kogenergy International Corporation, conheceu de perto o funcionamento de usinas que produzem energia a partir da queima do lixo.
O processo é a incineração e ocorre em temperaturas entre 850 e 1.000 graus Celsius. Os resultados são extremamente positivos, pois, além da produção de energia elétrica, há pouca quantidade de material a dispor em aterros, e praticamente inexistem emissões na atmosfera (em razão da planta de filtros) ou restos líquidos.
Segundo o parlamentar, uma das usinas verdes que visitou produz energia elétrica suficiente para abastecer uma região com cerca de 400 mil habitantes, sendo que a produção média de lixo por morador é de 1,3 quilo.
“A usina substitui completamente as soluções de depósito de lixo existentes, de maneira mais eficiente, eliminando a produção de chorume e de metano, já que não há a deterioração dos resíduos sólidos”, ressalta Gondim.
De acordo com o deputado, além de tudo isso, as usinas verdes ainda podem gerar empregos. O lixo que pode ser reaproveitado é separado por funcionários da usina ao longo de uma esteira. O que escapar da seleção, incluindo pneus e lixo molhado, é incinerado. A borra resultante da queima pode ser utilizada na fabricação de tijolos. A eletricidade gerada pode contribuir para o fim definitivo dos apagões.
Gondim quer unir forças entre os deputados paulistas para fazer com que os governos estadual e federal sejam parceiros na criação de usinas desse tipo no Estado de São Paulo. Ele avalia que Estado e a iniciativa privada, juntos, podem substituir lixões e aterros sanitários por usinas verdes em curto espaço de tempo.
“Estamos atrasados no tempo. Estamos acabando com nossa fauna e flora, criando aterros sanitários, que já nascem ultrapassados, em vez de investirmos em usinas verdes. Esse deve ser o caminho”, considera Gondim.