O Diretório Municipal do PPS/SP informa com pesar que faleceu em Aracaju (SE), Agonalto Pacheco da Silva, militante histórico do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e combativo participante do movimento sindical.
Ex-integrante da Aliança Libertadora Nacional (ALN), permaneceu fiel ao pensamento da linha moderada do Partidão. Conhecido nacionalmente na época da ditadura, foi um dos presos políticos trocados pelo embaixador americano Charles Burke Elbrick, seqüestrado no Rio na década de 60.
O avião com o grupo de presos expulsos do país, dentre os quais os ex-presidentes da UNE José Dirceu e Luís Travassos, e o veterano líder comunista Gregório Bezerra, foi para o México, onde poderiam buscar exílio em outros países. A maioria foi para Cuba.
De acordo com matéria de Luiz Carlos Azedo no "Correio Brasiliense", os brasileiros, em torno de 60 militantes, estavam distribuídos em dois acampamentos, Outono e Primavera. Com a morte de seus principais líderes, Carlos Marighella e Joaquim Câmara Ferreira, não sabiam se o caminho a tomar era a guerrilha urbana ou rural - ambos fadados ao fracasso. Fizeram parte João Leonardo da Silva Rocha, Ricardo Zarattini, Rolando Frati, Agonalto Pacheco, Onofre Pinto e José Ibrahim, mas nem todos terminaram os oito meses de treinamento.
Agonalto era pai do também militante e dirigente do PPS de São Paulo, Karl Marx Pacheco da Silva.